O boi campeão é decidido pela soma dos votos de 21 itens.
Esses 21 itens do festival estão divididos em três blocos: “A-Comum/Musical”, “B-Cênico/Coreográfico” e “C-Artístico”.
Cada bloco é julgado por um grupo de três jurados com especializações voltadas para as necessidades do bloco. Sendo pré-requisito a todos, referencial teórico em folclore e trabalhos realizados que contemplem as manifestações folclóricas e culturais brasileiras.
Abaixo, apresentamos os 21 itens do Boi Caprichoso. Clique/Toque nas imagens para mais detalhes:
PORTA-ESTANDARTE
ITEM 5
PORTA-ESTANDARTE
Símbolo do Boi em movimento. Em muitos folguedos existe o estandarte que representa a fundação, o símbolo e a presença anual das associações folclóricas Brasil afora. Em Parintins não é diferente, este item é a Porta Estandarte e quem o conduz precisa conduzí-lo com dignidade, garra e força.
São méritos para pontuação: Bailado, garra, desenvoltura, simpatia, elegância e alegria.
Diferenciais e comparativos: Indumentária, estandarte, leveza, graça, sincronia de movimentos entre o bailado e o estandarte.
Encenado por Marcela Marialva desde 2017
Quem já brilhou neste item:
– Taynessa Brasil, de 2017 a 2017;
– Thaisa Brasil, de 2016 a 2016;
– Jessica Tavares, de 2015 a 2015;
– Rayssa Tupinambá, de 2013 a 2014;
– Jeane Benoliel, de 2012 a 2012;
– Karyne Medeiros, de 2007 a 2011;
– Analú Vieira, de 2005 a 2006;
– Lucenize Moura, de 1999 a 2004;
– Marlessandra Nascimento Santana, de 1997 a 1998;
– Inah Lopes, de 1992 a 1992;
SINHAZINHA DA FAZENDA
ITEM 7
SINHAZINHA DA FAZENDA
Filha do dono da fazenda. O Boi-Bumbá Caprichoso volta ao passado para encontrar o presente e projetar o seu futuro. Nas veias de Valentina Cid, corre o sangue azulado da família que deu origem ao Boi de Parintins. A menina, que ensaiou seus primeiros passos na Escola de Arte do Boi Caprichoso, é Bisneta de Ednelza Cid, costureira, que durante muitos anos doou seu tempo e grande parte de sua vida ao Touro Negro de veludo confeccionando os mais belos vestidos de sinhazinha e rainhas do boi. Filha da eterna Sinhazinha, Karina Cid, o Boi Caprichoso se orgulha de manter o sangue, a tradição e a história viva da brincadeira secular ao anunciar Valentina Cid como a protetora do Boi Caprichoso, a nova Sinhazinha da Fazenda. Aos 17 anos de idade, a menina cresceu na Escola de Arte, passou pela oficinas de dança, flauta e foi aluna até no curso de modelo que mãe Karina ministrava na Fundação Boi Caprichoso. Estudante do terceiro ano do Ensino Médio, Valentina tem a oportunidade de representar a singeleza do mesmo item que sua mãe defendeu. A dona da fazenda do Boi Caprichoso é descendente do primeiro dono e fundador do Caprichoso, Roque Cid. “Hoje o meu boi, meu brinquedo de criança me recebe como item”, diz a bela Sinhá. A nova Sinhazinha da Fazenda sempre sonhou ser item do Caprichoso e é mais um dos importantes frutos da Escola de Arte. “Minha vontade de ser item nasceu na Escola de Arte, na oficina de dança, fui Rainha do Folclore do Boi Caprichoso Mirim e hoje estou apaixonada em ser Sinhazinha da Fazenda do Caprichoso”, afirmou. Como toda a guerreira parintinense, sempre almejou estar no quadro de artistas do Boi Caprichoso. Hoje, a história abraça a Nação Azul e Branca, ao reconhecer uma das descendentes dos fundadores do Caprichoso como a defensora do item número 7.
São méritos para pontuação: Beleza, graça, desenvoltura, simplicidade e alegria.
Diferenciais e comparativos: Indumentária, movimentos, saudação do boi e do público, simpatia e carisma.
Encenado por Valentina Cid desde 2017
Quem já brilhou neste item:
– Adriane Viana, de 2016 a 2016;
– Karyne Medeiros, de 2014 a 2015;
– Thainá Valente, de 2007 a 2013;
– Adriane Viana, de 2001 a 2006;
– Jeane Benoliel, de 1999 a 2000;
– Karina Cid, de 1988 a 1998;
RAINHA DO FOLCLORE
ITEM 8
RAINHA DO FOLCLORE
Poder expressado pela representante da manifestação popular. A noite do dia 21 de setembro de 2018, na Praça dos Bois, lado azul, marcou a coroação de Cleise Bentes Simas, 23 anos, de origem no bairro Palmares, como Rainha do Boi Caprichoso. O novo item individual feminino estreia no 54º Festival Folclórico de Parintins, nas noites de 28, 29 e 30 de junho, no projeto Boi de Arena 2019 do Caprichoso “Um Canto de Esperança para a Mátria Brasilis”. Torcedora desde criança, Cleise Simas começou a trajetória na dança nas tribos indígenas do Caprichoso na arena do Bumbódromo, ainda na adolescência. No ano de 2012, passou a integrar o Corpo de Dança Caprichoso (CDC) e, em 2014, se tornou Rainha do Folclore, no elenco de Itens Substitutos, com as primeiras performances no curral Zeca Xibelão, em ensaios temáticos. Além do amor, dedicação e paixão, Cleise Simas adquiriu experiência, em eventos oficiais do Boi Caprichoso, com o CDC ou como Item Substituto. A dançarina fez apresentações em shows de turistas, em Parintins, e viagens, tanto nacionais, quanto internacionais, com o elenco do Boi Caprichoso. Cleise Simas também dançou de Cunhã-Poranga como Item Substituto. Todos esses anos de palco forjaram, lapidaram e aperfeiçoaram a dançarina. Ser Rainha do Folclore do Boi Caprichoso, para Cleise Simas, é a realização de um sonho pessoal. A diretoria azulada, por meio do presidente Babá Tupinambá, do vice-presidente Jender Lobato, e do coordenador de Conselho de Artes, aposta no talento da dançarina para levar o Caprichoso ao tricampeonato.
São méritos para pontuação: Beleza, simpatia, desenvoltura e incorporação.
Diferenciais e comparativos: Beleza, graça, movimentos, simpatia e indumentária.
Encenado por Cleise Simas desde 2019
Quem já brilhou neste item:
– Brena Dianná, de 2009 a 2018;
– Karla Thainá, de 2005 a 2008;
– Daniela Monteiro Alencar, de 2000 a 2004;
– Camila Assayag, de 1997 a 1999;
– Dunya Assayag, de 1993 a 1996;
– Inah Lopes, de 1984 a 1986;
CUNHÃ-PORANGA
ITEM 9
CUNHÃ-PORANGA
Moça bonita, sacerdotisa, guerreira e guardiã, expressa a força através da beleza. O Boi-Bumbá Caprichoso desde o fim da década de 1980, de maneira pioneira marcada pelas toadas de Ronaldo Barbosa, levantou a bandeira da resistência dos povos indígenas. Nela se destacam, na matriz formadora do Brasil, alguns povos que o Caprichoso evidenciou em seus espetáculos, dentre eles, Parintintin, Tupinambá, Sateré-Mawé, Kaiapó, Karajá, Hexkariana e Mundurukú. E é desta última que o Boi-Bumbá Caprichoso toma para si o item Cunhã-Poranga, a mais bela da aldeia. Os traços indígenas, sua dança e a beleza peculiar de uma índia guerreira dão a Marciele Albuquerque o cocar de Cunhã-Poranga. A bela guerreira é formada em administração pela faculdade Uninorte e participa ativamente dos eventos oficiais do Boi Caprichoso, em Manaus, como o Boi Manaus. Aos 23 anos, Marciele já defendeu o Boi Caprichoso como item oficial em eventos nacionais e internacionais. Em Parintins, foi Cunhã-Poranga substituta e dançarina do Corpo de Dança Caprichoso (CDC). “Ser Cunhã-Poranga pra mim, representa ser a mulher guerreira, forte que traz muito mais que a beleza, mas a firmeza nos passos”, disse a mais bela da aldeia Caprichoso. Ela pede o apoio da Nação Azul e Branca para o período de preparação ao Festival Folclórico de Parintins. A nova Cunhã-Poranga assegura comprometimento com o seu item e o Boi Caprichoso. “Vou me dedicar 100% e agradeço ao apoio da galera azul e branca”, destaca.
São méritos para pontuação: Beleza, simpatia, desenvoltura e incorporação.
Diferenciais e comparativos: Beleza, graça, movimentos, simpatia e indumentária.
Encenado por Marciele Albuquerque desde 2017
Quem já brilhou neste item:
– Maria Azêdo, de 2007 a 2016;
– Isabel de Souza da Silva, de 2005 a 2006;
– Jeane Benoliel, de 2001 a 2004;
– Marlessandra Nascimento Santana, de 1999 a 2000;
– Marlessandra Barbosa Fernandes, de 1996 a 1998;
– Daniela Assayag, de 1991 a 1995;
BOI-BUMBÁ (EVOLUÇÃO)
ITEM 10
BOI-BUMBÁ (EVOLUÇÃO)
Símbolo da manifestação popular, motivo e razão de ser do festival. O artista plástico, Alexandre Simas Azevedo, 33 anos, herdou do pai o dom de dá vida ao boi de pano e agora está preparado para defender o item tripa do Caprichoso. Ele se criou na Rua Cordovil, berço tradicional do Caprichoso, e desde criança o boi-bumbá é o brinquedo preferido. Foi aos 19 anos que Alexandre Azevedo dançou pela primeira embaixo do boi da estrela na testa, em evento oficial do Caprichoso, em Brasília, quando o pai, Marcos Azevedo, sofreu um acidente e não pode viajar. Desde o ano de 2001, essa relação se estreitou com o bumbá da estrela e ele acompanhou o pai nas apresentações no Festival Folclórico de Parintins até chegar a hora de assumir o item no mês de outubro de 2016. A experiência na arena do Bumbódromo e em eventos oficiais do boi pelo Brasil lhe credenciou a ser o sucessor do pai. “No ano de 2001, teve um boi de rua que o papai machucou o pé e logo no outro dia teve uma viagem à Brasília, apresentação para a Coca-Cola e não tinha ninguém para ir”, lembra. Naquele momento, no qual o Caprichoso ficaria desfalcado, o jovem Alexandre Azevedo chamou a responsabilidade para si e se colocou à disposição do Caprichoso para a viagem e assim passou a acompanhar o pai na arena, em alguns momentos, revezou no item, seja no Bumbódromo, viagens pelo país e shows em Manaus. O primeiro contato com o boi foi ainda criança. “Quando criança, eu via o papai fazer o boi e também brincava com um ‘boizinho’ na rua de casa que disputava com outro boi da outra rua”, recorda.
São méritos para pontuação: Evolução, encenação e alegria.
Diferenciais e comparativos: Geometria idêntica, leveza, coreografia e movimentos de um boi real.
Encenado por Alexandre Azevedodesde 2017
Quem já brilhou neste item:
– Marquinhos Azevêdo, de 1990 a 2016;
PAJÉ
ITEM 12
PAJÉ
Curandeiro, hierofante, xamã, sacerdote, ponto de equilíbrio das tribos. Os primeiros passos de Erick na arte foram moldados ainda na infância quando, aos três anos de idade, brincava na Marujada de Guerra com seu pai. O desejo de manter-se ligado à cultura parintinense o levou, em 1998, às apresentações da Tarde Alegre da Criança, ao compor o grupo Guerreiro Azuis. No ano seguinte, em 1999, aos dez anos de idade, ingressou na Escolinha de Arte Irmão Miguel de Pascale, onde aprofundou os estudos a respeito dos movimentos da dança. Em 2003, em sua primeira assinatura como coreógrafo no Bumbódromo, comandou uma tribo de composição de arena. “A minha rotina passou a ser pintada de azul e branco e a cada nova apresentação eu só queria seguir aprendendo para aperfeiçoar meus movimentos com a dança”, disse. Com a oportunidade, Erick passou a assumir desafios maiores. A partir desse momento, o artista convoca seus amigos mais próximos para comandar as coreografias de palco e liderar um grupo de novos talentos, a Troup Jovem, que mais tarde compôs a Troup Caprichoso. “Nossa ideia sempre foi inovar e por isso buscamos trazer passos nunca vistos na tribo coreografada, até mesmo a indumentária sofreu mudanças para destacar os movimentos corporais do grupo, e proporcionar mais ação, principalmente com a chegada de lances acrobáticos na dança”, enfatiza. Com o grupo formado e a liderança de Erick Beltrão, o Boi Caprichoso revoluciona suas tribos coreografadas e ganha um momento ímpar na arena do Bumbódromo. Era hora de criar um nova bandeira, surge o Corpo de Dança Caprichoso (CDC), em 2008, grupo que se mantém liderado por ele até hoje. Além dos trabalhos como coreógrafo em Parintins, Erick ganhou notoriedade em diversos festivais pela Amazônia e trabalhos no Brasil a fora. Em 2009 nasce um desafio maior e mais distante, na qual lhe incumbia assinar uma das coreografias da Escola de Samba Gaviões da Fiel, do Carnaval de São Paulo. Em 2016, na abertura dos Jogos Olímpicos do Brasil, no Rio de Janeiro, Erick foi assessor geral de Deborah Colker, bailarina e coreógrafa brasileira reconhecida internacionalmente. Juntos, arquitetaram o quadro Pindorama, que retratou a força dos povos da Amazônia no evento. “O mundo inteiro estava presente no Maracanã e Parintins mostrou o quanto é surpreendente pertencer ao povo da floresta. Foi uma experiência surreal, que eu pude desfrutar na companhia de todos que embarcaram comigo na aventura”. No mesmo ano, Erick assinou as alas coreografadas da Escola de Samba Beija Flor de Nilópolis, no Carnaval do Rio de Janeiro. “Para mim tudo é significativo, nada é por acaso. É maravilhoso saber que nosso trabalho é reconhecido. Todas as viagens me engradeceram muito como artista e também como ser humano. Ter contato com outras culturas me fez enxergar a riqueza do mundo, e a forma de como eu posso fazer parte dele, contribuindo com o meu talento”, agradeceu. E agora, o novo desafio de Erick Beltrão é trilhar os mesmos passos de seu tio Edelson Beltrão, um dos primeiros pajés do Boi Caprichoso, que lhe transmite a missão, depois de muitos anos, de chefiar os momentos tribais do bumbá azul e branco. “Eu já sonhava em ser pajé e não sabia ao certo quando seria a hora. O momento chegou e veio com uma grande responsabilidade que é reacender a tradição do item 12 na minha família. Estou muito orgulhoso e emocionado, sem dúvidas é o maior desafio da minha vida”, explicou.
São méritos para pontuação: Expressão corporal e facial, movimentos harmônicos, domínio de espaço cênico.
Diferenciais e comparativos: Indumentária, originalidade, expressão, segurança, domínio de arena, encenação e coreografia.
Quem já brilhou neste item:
– Neto Simões, de 2017 a 2019;
– Waldir Santana, de 1992 a 2016;
COREOGRAFIA
ITEM 20
COREOGRAFIA
Todos os movimentos de dança apresentados durante o espetáculo. Sendo musicais, os espetáculos de arena precisam ser construídos a partir das toadas. Assim nascem as coreografias que embalam os momentos da apresentação, em estilos diferentes e específicos para caracterizar os cordões e a representação do bailado dos itens individuais. Traços das danças dos diversos folguedos pelos quais o Boi-Bumbá enveredou são determinantes para dar personalidade aos cordões que evoluem durante o espetáculo. Essas coreografias reproduzem, ainda que de forma livre ou poética, as etnias que compõem essa vertente de Boi na Amazônia. E é através dela que identificamos a visão do branco sobre o negro e sobre o índio, além da visão de negros e índios sobre si mesmos e sobre o branco, ciclo essencial para uma evolução folclórica.
São méritos para pontuação:
Dinâmica, criatividade nos movimentos, ritmo e sincronia.
Diferenciais e comparativos: Expressividade do movimento, sincronia e criatividade.
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