Boi Caprichoso convoca nação para compartilhar acervo histórico com o Centro de Documentação e Memória

Desde o mês de janeiro deste ano, o registro da história secular do Boi Caprichoso está em andamento no Centro de Documentação e Memória (Cedem), projeto contemplado pela Lei Federal Aldir Blanc, por meio do Prêmio Feliciano Lana, da Secretaria de Cultura e Economia Criativa do Governo do Amazonas. O trabalho para a preservação da memória é executado por uma equipe de historiadores e técnicos com a reunião de documentos repassados por pessoas com acervo em casa e entrevistas.

Com a flexibilização das medidas de restrições da pandemia da Covid-19 e a diminuição da contaminação no Amazonas, o presidente do Caprichoso, Jender Lobato, na companhia do vice-presidente, Karu Carvalho, do presidente do Conselho de Artes, Ericky Nakanome, e do diretor artístico, Edwan Oliveira, visitou o Cedem que funciona em uma sala na Escola de Artes Irmão Miguel de Pascale. “Quero convidar toda nação azul e branca e todas as pessoas que viveram toda essa história do nosso festival de Parintins para ajudar nesse projeto”, conclama.

O Cedem Caprichoso trabalha para recuperar toda a história do festival de Parintins e do bumbá. “É muito importante que todas as pessoas que tenham um acervo de qualquer coisa, seja uma fotografia, uma bandeira, um papel rabiscado, procurem o Cedem e possam doar esse material. Se você não quiser doar, por ter um apelo sentimental muito grande, pode trazer também para que a equipe de profissionais historiadores, que sabe lidar com esse tipo de material, faça o cuidado, a análise e a digitalização do conteúdo. Tenho certeza que todos vão ajudar nosso Boi Caprichoso e Parintins a recuperar parte da memória que já tinha sido perdida”, declara Jender Lobato.

O Caprichoso, Patrimônio Cultural do Brasil, sob a coordenação da equipe do professor Diego Omar Silveira, conselheiro de artes e idealizador do projeto aprovado pela Lei Aldir Blanc, é o bumbá pioneiro a recuperar sua história para disponibilizar a pesquisadores, apreciadores e quem tem interesse em conhecer a história de mais de 100 anos do boi. O vice-presidente Karú Carvalho, que faz parte da história viva do Boi Caprichoso como artista plástico de alegorias desde a década de 1980, também convida a nação azulada e as pessoas a comparecerem ao Cedem para contribuir com o resgate da memória do bumbá. “Você vai sair do anonimato e ser registrado na história desse boi”, decreta.

Texto: Gerlean Brasil

Boi Caprichoso retoma atividades com revitalização do curral, escola de artes e galpão central

Em visita ao curral Zeca Xibelão nesta terça-feira (30), o presidente do Boi Caprichoso, Jender Lobato, anunciou a volta dos trabalhos de reforma do espaço dos eventos oficiais da nação azulada, em Parintins. O dirigente vistoriou o complexo da associação cultural, acompanhado por conselheiros de artes e artistas plásticos, para vistoriar as condições das instalações físicas e estruturais.

Jender Lobato revelou que batia um sentimento de tristeza muito grande quando passava pelo curral e via os ferros amontoados das obras de reforma do espaço que foram paralisadas em março de 2020, devido à pandemia da Covid-19. “Compramos muita coisa para fazer o novo projeto do curral e levamos para guardar no almoxarifado. Os artistas colocaram tudo no chão para que a gente pudesse reformar, só que a pandemia veio e eu tive a responsabilidade de fechar tudo”, explica.

Os impactos da crise sanitária global fizeram o Boi Caprichoso recuar nas obras de readequação do curral Zeca Xibelão planejadas no início da gestão do presidente Jender Lobato e do vice-presidente Karú Carvalho. “Nós paramos tudo, porque perdíamos vidas e o momento não comportava segurar a máquina administrativa do boi com a não realização do Festival de Parintins, para o Caprichoso conseguir ficar de pé. A pandemia vai passar e a vacina tá chegando”, declara.

Jender Lobato determinou a volta dos trabalhos no curral, por conta da diminuição dos casos da Covid-19 em Parintins e no Amazonas. “A gente precisa tá preparado com o nosso boi para, com o fim da pandemia, possamos voltar a ter uma vida normal. A partir de agora, o Boi Caprichoso começa uma grande reforma no curral, na Escola de Artes Irmão Miguel de Pascale e no galpão central de alegorias. Vamos trabalhar dentro da nossa realidade e de acordo com as medidas de prevenção à saúde”, decreta.

Escola de Arte

O presidente do Boi Caprichoso anunciou que um dos projetos para colocar em funcionamento a Escola de Artes Irmão Miguel de Pascale é a busca por emendas parlamentares e a inclusão dos artistas plásticos, que não viajarem para os carnavais, como arte-educadores. “Para que eles possam obter renda. Vamos reabrir a Escola de Artes a partir do momento em que os setores sanitários dos Amazonas liberem as atividades em sala de aula. Essa escola é importante para o Caprichoso e para a formação do Festival de Parintins”, pondera.

Texto: Gerlean Brasil

Boi Caprichoso realiza campanha de arrecadação de alimentos

O Boi Caprichoso retoma a campanha de arrecadação de alimentos não perecíveis, Caprichoso Solidário, para ajudar os colaboradores do bumbá que enfrentam dificuldades na pandemia. No ano passado, nos primeiros meses de enfrentamento ao novo coronavírus, a iniciativa beneficiou todos os setores da associação cultural, com a distribuição de centenas de cestas básicas.

Para ajudar, a galera pode realizar doações em dois pontos de coleta. Em Parintins, o endereço é a Rua Cordovil n° 278, Centro (Kamila Reis). Em Manaus, na Avenida Constantino Nery n° 2230, Chapada (Alcides – Lourinho). Para obter maiores informações, o torcedor pode ligar para o número +55 (92) 98440-8149.

O presidente do bumbá, Jender Lobato, demostra preocupação com as famílias das pessoas que ajudam a construir os espetáculos do Caprichoso durante todos os anos. “Esperamos arrecadar o maior número de cestas básicas possíveis para que possamos ajudar nossos trabalhadores. Contamos com a solidariedade de toda a nação azul e branca para mais uma vez auxiliarmos quem mais precisa de nossa ajuda neste contexto de crise que estamos vivendo”, enfatizou.

O Festival Folclórico de Parintins 2020 foi cancelado em virtude das restrições sanitárias para combater a pandemia. Neste novo ano, o calendário cultural se mantém incerto, e as famílias que dependem da festa para sobreviver relatam enormes dificuldades de manter os compromissos básicos do dia a dia. “Isso é muito sério, eu converso com os nossos artistas, sei dos problemas que cada um deles passa, principalmente para levar o alimento para dentro de casa. Nós sabemos que uma cesta básica não resolve completamente o sofrimento de uma família, mas ajuda a amenizar a dor de cada um deles”, destacou o presidente.