Caprichoso realiza primeira fase da audição de toadas do projeto ‘Amazônia, nossa luta em poesia’  

Parintins (Am) – O Boi Caprichoso iniciou na noite desta sexta-feira (28/01) a primeira fase das audições das composições inscritas no edital de toadas do projeto “Amazônia, nossa luta em poesia”. Duas baterias de jurados fazem parte desta fase, um grupo acompanhou presencialmente em Parintins, no memorial Caprichoso, e outro grupo acompanhou remotamente, em Manaus. No corpo de jurados estiveram diretores, membros do conselho musical, do conselho de arte, músicos do bumbá, itens do bloco musical, o vice-presidente Karu Carvalho e o presidente Jender Lobato.

Foram cerca de 80 toadas inscritas que começaram a ser avaliadas. Um número menor de toadas formatará o álbum digital e se somará aos projetos “Terra, nosso corpo, nosso espirito volume I” e “Terra, nosso corpo, nosso espirito volume II”. “Nós já temos 36 obras musicais para a arena do bumbódromo. Então este CD é apenas um encerramento, um fechamento de ciclo, uma espécie de adequação para o projeto de arena”, explicou o presidente do Conselho de Arte, Ericky Nakanome.

Para este certame participaram apenas toadas de galera e para itens individuais como tripa do boi, rainha do folclore, porta-estandarte, sinhazinha da fazenda e pajé. Nakanome revela que ouviu toadas fortes, toadas de estilo tradicional e obras que falam da saudade de Parintins e de Brincar de boi. “Não estamos com pressa nesse resultado e vamos com carinho e calma preparar o melhor produto musical para o Festival 2022”, afirmou.

Para o presidente Jender Lobato, a audição marca o início de mais uma etapa do projeto “Amazônia, nossa luta em poesia”. “Nós temos um planejamento e conseguimos cumprir todas as fases anteriores. Agora vamos manter as reuniões para que possamos alcançar um grande produto, que objetiva o título do Festival Folclórico de Parintins mais aguardado de todos os tempos”, destacou.

O levantador de toadas Patrick Araujo parabenizou aos compositores azulados pela qualidade das obras apresentadas no certame. “Foi uma fase de julgamento muito difícil, principalmente pela qualidade das toadas. A nação azul e branca pode ficar tranquila que um grande CD será produzido”.

O apresentador Edmundo Oran considera que o projeto musical azulado vai surpreender a todos. “O projeto que está sendo preparado para o Festival de Parintins vai marcar a todos. Os nosso compositores estão de parabéns pelo trabalho”, assegurou.

A conselheira de arte Socorrinha Carvalho se mostrou emocionada ao voltar a participar de atividades presenciais no boi Caprichoso, seguindo todos os protocolos de saúde.  “Depois de todo esse tempo sem o nosso festival, participar desse processo de audição de toadas dá uma emoção, porque começamos a ter certeza que teremos o nosso festival. E os nosso compositores nos brindam com perolas que vão nos dar um CD porreta”, concluiu.

Fotos: Arleison Cruz

Caprichoso prorroga edital de toadas 2022

A Associação Cultural Boi-Bumbá Caprichoso prorrogou o prazo para as inscrições do edital de toadas “Amazônia, nossa luta em poesia” que encerraria nesta quarta-feira (12/01). Com o adiamento do prazo, a nova data limite para as inscrições das obras passa a ser o dia 20 de janeiro, quinta-feira.

A prorrogação ocorre a pedido dos compositores que estão empenhados em concluir suas obras e que precisariam de um prazo mais longo para finalizarem as músicas em estúdio e assim efetuar a inscrição no novo prazo. O Boi Caprichoso entende ser importante atender o pedido dos poetas azulados na busca por um álbum que atenda o projeto boi de arena 2022.

As inscrições são gratuitas e podem ser feitas no e-mail: selecaotoadasoficial@gmail.com. De acordo com o edital, a modalidade de concorrência será exclusivamente para toadas de Itens Individuais e Galera. “Será um álbum especial com toadas dedicadas aos nossos itens e ao nosso torcedor apaixonado”, confirmou o presidente do Conselho de Arte Ericky Nakanome.

A agremiação pagará como premiação para cada toada aprovada o valor de R$ 3 mil. Não serão aceitas inscrições para toadas temáticas como Lenda Amazônica, Figura Típica Regional, Ritual, Tribais e Toada Letra e Música.

O edital e a ficha de inscrição estão no link:
https://drive.google.com/file/d/1PFtEQJx3ePMEs-7i0g4WRo-EQKd6iOFj/view?usp=sharing

Boi Caprichoso comemora um ano de referência do Centro de Documentação e Memória no Amazonas 

 

“A gente conseguiu fazer muita coisa em um ano,”, definiu o idealizador do Centro de Documentação e Memória (Cedem), Diego Omar da Silveira, durante a celebração de um ano da instituição promovida no complexo Zeca Xibelão, com a participação de membros do Conselho de Arte, na tarde desta quarta-feira, 05 de janeiro. O projeto aprovado pela Lei Aldir Blanc, Prêmio Feliciano Lana, permitiu ao Boi Caprichoso, primeiramente, a montagem de espaço no prédio da Escola de Artes Irmão Miguel de Pascale.

Com a estrutura física, o Cedem começou a receber e catalogar documentos que contam a história do Boi Caprichoso. Em seguida, foram feitas mais de 100 entrevistas pelo Programa de História Oral, participação no Projeto Memórias Populares da Pandemia, da Dhesca Brasil, lançamento do Livro da Toada, lives, debates sobre a história do boi-bumbá de Parintins, Concepção da Mostra Sons de Parintins na Universidade do Estado do Amazonas (UEA) e Espaço Memorial Caprichoso.

Diego Omar da Silveira afirma que o Cedem é uma referência de preservação de memória no interior do Amazonas. “Parintins tem o complexo dos bois-bumbás reconhecido pelo Instituto do Patrimônio Histórico Nacional. Cobrimos um espaço vazio com a ausência de políticas públicas e damos passos importantes. Montamos o espaço, fizemos coleta de documentos, catalogação e digitalização. Vamos avançar agora para a fase de disponibilização”, assegura.

Dentro do Boi Caprichoso, o Cedem se estabelece para ser algo duradouro que atravessará gestões. “Dará muitos frutos no futuro. Fora do boi, a gente dialoga com a sociedade com lives tanto para os especialistas quanto aos torcedores para chamar a atenção sobre a importância de preservar, efetivamente, os elementos materiais do patrimônio, tudo aquilo que o boi produz. Precisamos cuidar e trabalhar essa memória para que as novas gerações acessem isso. Nos preocupamos com a linguagem disso. Investimos em editais em 2022 para fazer material aos jovens, às crianças, que se interessem pela temática do boi-bumbá”, enfatiza o idealizador.