Tarde Alegre Infantil: Caprichoso incentiva brincadeira de boi para novas gerações
O Caprichoso é o único boi-bumbá de Parintins a promover evento exclusivamente para o protagonismo da criançada da Ilha Tupinambarana na temporada 2022. Quem desde criança já brinca boi no Caprichoso é Antony Rick Marques da Silva, com apenas três anos de idade, que dança de tripa mirim durante a Tarde Alegre Infantil Azul e Branca realizada no palco do curral Zeca Xibelão aos domingos, das 16h às 19h.
O menino Caprichoso tem nas veias o sangue de um torcedor fanático e apaixonado, o saudoso sócio-fundador Jorge Fernando Nogueira do Amaral, da famosa casa azulada na Rua Herbert Azevedo, no bairro Santa Clara, próxima ao Hospital Jofre Cohen. A primeira participação do filho na Tarde Alegre Infantil é motivo de alegria para a mãe, Cláudia Romano Marques, que também foi aluna da Escola de Artes Irmão Miguel de Pascale.
A filha de Jorge Amaral considerou um momento lindo na vida de Antony Rick, por pertencer à uma família tradicionalmente Caprichoso e receber essa cultura passada de geração a geração. Após dois anos de restrição de público por causa da pandemia da Covid-19, a Tarde Alegre Infantil Azul e Branca, idealizada pelo radialista e sócio Walter Lobato na década de 1990, transforma o curral Zeca Xibelão em um parque de diversões personalizado com a cultura do boi-bumbá.
O projeto, de autoria do Centro de Documentação e Memória (Cedem) do Caprichoso, ganhou incentivo da Lei Aldir Blanc, contemplado no Prêmio Amazonas Criativo da Secretaria de Estado da Cultura e Economia Criativa. O presidente Jender Lobato diz que a iniciativa tem autonomia na temporada 2022. “A tarde alegre tem esse papel social de transmitir a nossa brincadeira para todas as gerações, assim como eu, um dia, vinha ao curral com Dona Joana (in memorian), mãe do nosso vice-presidente, Karú”, descreve o dirigente.
Heitor Lopes de Souza, de nove anos de idade, se encantou com as toadas e as atrações da penúltima Tarde Alegre Infantil do Caprichoso, acompanhado pela mãe, Regiane Oliveira Lopes. “Hoje, eu trago meu filho Heitor. Já trouxe minha filha quando era criança e que tem agora 19 anos. É muito bom esse incentivo à cultura do nosso boi-bumbá. Os pais continuam a influenciar os filhos, desde criança, a seguir essa tradição que é da nossa terra. A gente tem de passar nossa cultura de pai para filho”, afirma.
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