Pajé e galera mostram força do Caprichoso na conquista do Festival de Parintins 2022
O canto da nação azulada se uniu à voz do levantador de toadas, Patrick Araújo, do apresentador, Edmundo Oran, e do pajé, Erick Beltrão, para transformar o segundo ensaio técnico do Boi-Bumbá Caprichoso em um grande espetáculo nesta quarta-feira (15/06). A galera foi a protagonista da noite marcada pela evolução dos itens individuais e coletivos afinados no curral Zeca Xibelão para consagrar o Boi Negro da Amazônia campeão do 55º Festival Folclórico de Parintins.
A luta pelos povos da floresta e pelos direitos da terra foram decantados pelo Boi Caprichoso com participação da galera em massa. O pajé Erick Beltrão e as tribos indígenas encenaram momentos
surpreendentes que arrancaram aplausos da nação azulada. “O momento cênico é muito forte e será ainda maior no Bumbódromo. Venho construindo uma apresentação verdadeiramente indígena e a interação da galera é uma energia que me enche de forças para representar essa nação azulada que tanto me apóia”, declara o pajé responsável por um dos momentos mais intensos do espetáculo.
O Boi Caprichoso está preparado para executar o maior espetáculo já visto na história do festival. Do curral Zeca Xibelão se ouviu o brado uníssono com o refrão da toada tema “Punhos erguidos aqui, de braços dados até o fim, liberdade é arte que triunfa e voa. Valentes guerreiros tutores, guardiões azulados protetores, cingidos de poesia, o nosso canto ecoa”. “Fiquei verdadeiramente emocionado com a galera do Caprichoso que espera um grandioso espetáculo e fizemos isso”, reconhece o presidente Jender Lobato.
O dirigente destaca que toda essa confiança depositada nos 21 itens, na diretoria e no Conselho de Artes se transforma em energia percebida no curral Zeca Xibelão. “Isso aqui é um ensaio, ainda não é na arena. Esse ensaio se transformou em um grandioso espetáculo que planejamos para que a gente possa, realmente, fazer três dias de grandes apresentações. O resultado disso, com muita fé em Deus, esperamos o máximo de todos os itens com o seu potencial no Bumbódromo e sermos consagrados campeão de um festival que vale por três”, assegura Jender Lobato.
Atento a cada detalhe da estratégia do projeto “Amazônia Nossa Luta em Poesia”, o presidente do Conselho de Artes, Ericky Nakanome, ressalta o momento importante de consagração do boi de vanguarda. “Um boi que deu início às questões relacionadas às revoluções dentro do festival. Não poderia ser diferente uma noite como essa, na qual o Boi Caprichoso traz para a arena um passo à mais no futuro, com novidades, possibilidades e abrindo uma série de caminhos pro festival folclórico”, enfatiza.
Fotos: Pedro Coelho
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