Caprichoso reúne gerações de mulheres e exalta importância do empoderamento feminino
O Boi-Bumbá Caprichoso valoriza a luta das mulheres, a história de quem muito se dedicou ao folguedo da cultura popular da região. Na manhã desta terça-feira, 8 de março, Dia Internacional da Mulher, o Centro de Documentação e Memória Caprichoso (Cedem), realizou um encontro entre gerações de mulheres que fazem parte da linda e consagradora história do bumbá. O café da manhã azul e branco foi servido no Memorial Caprichoso.
Estiveram presentes mulheres como Odinéa Andrade, Maria Auxiliadora, a Dora, e Clotilde Valente que dedicaram grande parte de suas histórias ao boi negro de Parintins. Marcaram presença também Márcia Baranda, a primeira mulher na história do Festival de Parintins a ser presidente de uma agremiação e Brena Dianá, embaixadora do Caprichoso, as quais hoje soltam a voz na política tupinambarana. Participaram ainda mulheres jovens e mulheres trans, que atuam diretamente na construção do projeto de arena do bumbá.
O presidente do Boi Caprichoso, Jender Lobato, distribuiu flores para todas as mulheres e salientou a importância do momento. “As mulheres conquistaram o seu espaço. O empodoremento feminino mostra o quanto elas são atuantes e ajudam cada dia mais fortalecer o nosso Caprichoso. São mulheres que fazem acontecer, como as nossas marujeiras, as nossas dançarinas, nossas artistas, nossas integrantes das tribos e toda nossa composição azul e branca. Parabéns a todas, sem exceção”, destaca.
A diretora social, Adriana Cruz, lembra que desde quando assumiu a presidência do Caprichoso, Jender Lobato cobrou igualdade de gênero no quadro de diretoria executiva. “Em todos os setores do Boi Caprichoso temos mulheres que fazem parte da luta azulada em manter a igualdade de gênero. As mulheres estão no social, na comunicação, no galpão, no conselho de arte, na marujada, são itens, enfim as mulheres dentro do Boi Caprichoso são respeitadas”, afirma.
A conselheira de arte Socorrinha Carvalho agradeceu ao Boi Caprichoso pelo carinho, a homenagem e todo o reconhecimento ao trabalho das mulheres no bumbá. “A maioria das mulheres que estão aqui estão por trás dos holofotes, são mulheres que realmente lutam, que dão o suor para que o Caprichoso esteja sempre bem. Então receber esse reconhecimento do Caprichoso é maravilhoso”, assegura.
O professor Diego Omar da Silveira, idealizador do projeto, informou que a ideia foi reunir gerações de mulheres azuladas. “Hoje é um dia que tem sido muito resignificado nos últimos anos como dia de luta. Entendemos que essas mulheres foram fundamentais para construir o boi. Elas vivem profundamente o que é o Caprichoso, o que é a cultura popular brasileira e elas fizeram em grande medida esse boi acontecer” enfatiza.
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