Cônsul Geral Adjunto do Japão em Manaus reconhece contribuição de descendente ao Boi Caprichoso
Amazônia virou mundo, Parintins é meu país, olha o Cônsul no Laço do Passo no Espaço. Embalada pelos versos dos poetas Chico da Silva e Marcos Santos, a Cônsul Geral Adjunto do Japão em Manaus, Reiko Nakamura, se impressou com as riquezas culturais do Boi-Bumbá Caprichoso, em visita ao complexo do curral Zeca Xibelão na noite desta quarta-feira, 13 de abril.
O presidente do bumbá, Jender Lobato, e o presidente do Conselho de Artes, Ericky Nakanome, recepcionaram a comitiva de japoneses com o rico trabalho histórico do Centro de Documentação e Memória (Cedem). A Cônsul Geral Adjunto do Japão em Manaus conheceu todos os acervos e o Memorial do Boi Caprichoso na Escola de Artes Irmão Miguel de Pascale criados por meio de projetos aprovados pela Lei Aldir Blanc.
Acompanhada por membros da Associação Nipo Brasileira de Parintins, Reiko Nakamura ficou ainda mais encantada com o Caprichoso quando ouviu a Toada do Cônsul na chegada ao curral Zeca Xibelão e por saber que um descendente de imigrantes japoneses, professor de artes, Ericky Nakanome, é o responsável pela parte artística do bumbá desde 2017, com grandes espetáculos no Festival Folclórico de Parintins.
A Cônsul Geral Adjunto do Japão em Manaus também viu pela primeira o ensaio do Boi Caprichoso. “Eu fiquei muito impressionada que o Ericky Nakanome é descendente de japoneses e tem contribuído muito para esta arte maravilhosa aqui. Esta cidade tem uma história muita longa com a imigração japonesa que tem mais de 90 anos. É ótimo ter descendentes juntos com os povos do Amazonas para contarem a história da Amazônia”, afirmou.
Ericky Nakanome destacou o orgulho em pertencer à comunidade japonesa, uma das múltiplas que constituem a formação sociocultural do povo de Parintins e do Boi-Bumbá Caprichoso. “O Caprichoso é uma construção a muitas mãos e somos de todas as famílias de Parintins. Esse é um reconhecimento às nossas raízes coletivas, híbridas, multiculturais. O Caprichoso dá relevo para essa discussão vivenciada no dia a dia”, ressalta o presidente do Conselho de Artes.
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